Por Redação | Amazônia Realidade
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quinta-feira (11/09) a condenação histórica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete aliados por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. O relator Alexandre de Moraes abriu a votação pela condenação integral dos réus, destacando provas robustas de que o grupo atuou para abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes em todos os pontos, enfatizando que “o Brasil nunca mais poderá conviver com ensaios autoritários”.
Na sequência, a ministra Cármen Lúcia reforçou a posição pela condenação, afirmando que neste julgamento “pulsam o passado, o presente e o futuro da democracia brasileira”, ecoando o caráter histórico da decisão. O ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, absolvendo em alguns pontos, mas foi voto vencido na maior parte das acusações. Coube ao presidente da Turma, Cristiano Zanin, selar o resultado: ele acompanhou Moraes, Dino e Cármen, garantindo a maioria de 4 a 1 para condenar Bolsonaro e seus principais generais — Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Augusto Heleno e Anderson Torres — além de Mauro Cid, Braga Netto e Alexandre Ramagem.
Os crimes reconhecidos incluem organização criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Em alguns casos, como Mauro Cid e Braga Netto, a decisão foi unânime (5 a 0). Com a condenação já definida, resta aos ministros individualizar as penas, que podem chegar a mais de 40 anos de prisão. O julgamento é considerado um divisor de águas para a história democrática do Brasil e reforça o poder das instituições diante de tentativas de ruptura constitucional.
Foto: Reprodução/TV Justiça
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