Voto da ministra Cármen Lúcia reforça decisão pela punição do ex-presidente e militares envolvidos em crimes contra a democracia
Por Redação | Amazônia Realidade
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por todos os crimes relacionados à chamada Trama Golpista. O resultado parcial foi alcançado após o voto da ministra Cármen Lúcia, que acompanhou o relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino, consolidando o placar de 3 a 1 pela condenação.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro e seus aliados — entre eles ex-ministros e generais — articularam um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2021 e 2023. Entre os crimes reconhecidos pela maioria da Corte estão golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Em seu voto, Cármen Lúcia classificou o julgamento como um momento histórico para o país, destacando que nele “pulsa o Brasil do passado, do presente e do futuro” diante das tentativas de ruptura democrática. Caso confirmadas as condenações, os réus podem receber penas que chegam a 43 anos de prisão, dependendo da dosimetria que será definida pelos ministros. O último voto será dado pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.
Foto: Reprodução/TV Justiça
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