Hugo Motta denuncia "sequestro da presidência" e encaminha caso de 14 deputados à Corregedoria

Hugo Motta denuncia "sequestro da presidência" e encaminha caso de 14 deputados à Corregedoria

 Mesa Diretora aciona órgão disciplinar após parlamentares forçarem votação de PLs polêmicos, incluindo anistia e foro privilegiado 

Redação | Amazônia Realidade

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou como "sequestro da presidência" a ação de 14 deputados de oposição que obstruíram o plenário nos dias 5 e 6 de agosto para pressionar a votação de projetos controversos, como o PL da Anistia e o PL do Foro Privilegiado – este último ganhando apoio até entre aliados do governo. Em resposta, Motta enviou representações disciplinares à Corregedoria Parlamentar, abrindo caminho para possível suspensão dos mandatos.

A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou nota informando que a 
Mesa Diretora se reuniu nesta sexta-feira (08/08) para tratar das condutas praticadas por diversos deputados durante a obstrução física do Plenário da Casa nos dias 5 e 6 de agosto.

"A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise", diz a nota.

Ação coordenada e repercussão

A decisão foi tomada em reunião extraordinária da Mesa Diretora, que optou por não enviar os casos diretamente ao Conselho de Ética, como ocorreu anteriormente com os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG). Agora, o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) terá 48 horas para analisar as denúncias e decidir se recomenda o arquivamento ou a abertura de processos no Conselho de Ética.

Os protestos, que paralisaram os trabalhos da Casa, foram inicialmente motivados pela defesa da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas evoluíram para uma manobra política que forçou a pauta de projetos de interesse da oposição. "A fim de permitir a devida apuração, decidimos pelo encaminhamento imediato das denúncias à Corregedoria", afirmou a Mesa em nota.

Quem são os deputados envolvidos?

A lista inclui nomes de destaque do PL, PP e Novo, muitos deles com histórico de embates institucionais: 

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) – líder do partido 

Carlos Jordy (PL-RJ) 

Nikolas Ferreira (PL-MG) – acusou a deputada Camila Jara (PT-MS) de agressão, mas ela não foi incluída nas representações 

Zucco (PL-RS) – líder da minoria 

Allan Garcês (PP-MA)

Caroline de Toni (PL-SC)

Marco Feliciano (PL-SP)

Domingos Sávio (PL-MG)

Marcel Van Hattem (Novo-RS) – líder do partido

Zé Trovão (PL-SC)

Bia Kicis (PL-DF)

Paulo Bilynskyj (PL-SP)

Marcos Pollon (PL-MS)

Julia Zanatta (PL-SC)

Próximos passos

Se a Corregedoria recomendar a abertura de processos, os deputados poderão ter os mandatos suspensos por até seis meses. A medida reflete a tensão crescente no Congresso, onde projetos como o foro privilegiado – que ampliaria imunidades parlamentares – ganham força mesmo entre governistas.

Enquanto a oposição alega "perseguição política", Hugo Motta reforça que a obstrução violou o regimento interno. O desfecho do caso pode definir novos rumos para as relações entre Executivo e Legislativo.

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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