Governo do Amazonas intensifica ações de defesa agropecuária para conter praga quarentenária que ameaça a fruticultura e a segurança fitossanitária
Por Redação | Amazônia Realidade
Manaus (AM) – O Governo do Amazonas reforçou o combate à mosca-da-carambola no Amazonas ao reunir, nesta sexta-feira (26), representantes de órgãos estaduais, federais, municipais e do setor produtivo para alinhar estratégias integradas de enfrentamento à praga agrícola. O encontro ocorreu na sede da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), em Manaus, e resultou na definição de novas medidas de defesa agropecuária e vigilância fitossanitária.
Quarentena fitossanitária e zona de contenção contra a mosca-da-carambola
Após a detecção da praga, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decretou estado de quarentena fitossanitária nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, considerados áreas de risco. Também foi instituída uma zona tampão em municípios vizinhos, com o objetivo de conter o avanço da mosca-da-carambola e evitar sua disseminação para outras regiões do Amazonas.
A medida visa proteger a fruticultura amazonense, a agricultura familiar e o agronegócio, reduzindo o risco de barreiras sanitárias às exportações de frutas.
Comitê estadual fortalece o combate à praga agrícola
Segundo o secretário da Sepror, Daniel Borges, o principal encaminhamento da reunião foi a criação de um comitê estadual de enfrentamento à mosca-da-carambola, coordenado pelo Governo do Estado.
“Vamos desenvolver um trabalho integrado, com ações de orientação técnica aos produtores rurais, fiscalização rigorosa da Adaf e implantação de barreiras sanitárias para impedir que a praga avance para outros municípios”, afirmou.
Fiscalização e educação sanitária em portos e aeroportos
O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), José Omena, destacou que já estão em andamento ações de educação sanitária e fiscalização agropecuária no porto e no aeroporto de Manaus, com previsão de expansão para o porto da Ceasa.
Essas medidas visam impedir o transporte irregular de frutas e vegetais contaminados, um dos principais vetores de disseminação da praga.
Assistência técnica e orientação aos produtores rurais
A diretora técnica do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Nadiele Pacheco, reforçou o papel da assistência técnica na contenção da praga.
“Estamos presentes em todos os municípios do Amazonas e vamos atuar tanto na fiscalização quanto em campanhas informativas e educativas sobre a mosca-da-carambola”, explicou.
União entre governos e setor produtivo é essencial
Para Muni Lourenço, da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), o trabalho conjunto entre os entes federativos é decisivo.
“A integração entre os governos federal, estadual e municipal é fundamental para a erradicação da mosca-da-carambola, que voltou a afetar a produção rural no Amazonas”, destacou.
O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), Anderson José de Souza, alertou para os riscos da disseminação da praga agrícola.
“Evitar que a mosca-da-carambola chegue a outros municípios é essencial para proteger produtores, consumidores e a economia local”, afirmou.
Detecção da mosca-da-carambola e medidas do Mapa
De acordo com o Mapa, a detecção de espécimes suspeitos da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) ocorreu no dia 2 de dezembro, durante monitoramento de rotina realizado em Rio Preto da Eva. As amostras foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Goiânia.
Mesmo antes da confirmação laboratorial, foram adotadas imediatamente as medidas previstas na Portaria SDA nº 776/2025, reforçando a vigilância fitossanitária no estado.
Mosca-da-carambola: riscos econômicos e impacto na fruticultura
Considerada uma praga quarentenária de alto risco, a mosca-da-carambola ataca culturas como carambola, manga, goiaba, acerola, tomate, mamão, caju e laranja, causando prejuízos econômicos significativos, aumento dos custos de produção e riscos à segurança alimentar.
Atualmente, o Programa Nacional de Vigilância da Mosca-da-Carambola mantém cerca de 11 mil armadilhas distribuídas pelo território brasileiro.
Proteção da produção agrícola e da segurança alimentar
Com a atuação integrada da Sepror, Mapa, Adaf, Idam, municípios e entidades do setor produtivo, o Governo do Amazonas busca conter o avanço da mosca-da-carambola, proteger a produção agrícola e garantir a segurança fitossanitária e alimentar da população.
Fotos: Isaac Maia / Divulgação Sepror
Com informações da Assessoria de Comunicação da Sepror
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