Sessões desta semana podem marcar um divisor de águas para a democracia brasileira e servir de exemplo ao mundo
Por Redação|Amazônia Realidade
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta terça-feira (9/9) a fase decisiva do julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados acusados de liderar a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, iniciou a leitura de seu voto, dando início à manifestação dos demais ministros da Primeira Turma. O caso já é considerado um marco histórico na defesa do Estado Democrático de Direito no Brasil e tem repercussões internacionais.
A expectativa é de que o voto de Moraes seja longo e rigoroso, analisando as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o núcleo central da trama golpista. O julgamento acontece em meio a pressões políticas e ataques recentes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defendeu uma anistia ampla e chamou Moraes de “ditador”. As declarações foram duramente criticadas por ministros do STF, que reforçaram que crimes contra a democracia são insuscetíveis de perdão.
Além de Bolsonaro, também estão no banco dos réus ex-ministros e generais como Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Anderson Torres e Mauro Cid. Todos são acusados de envolvimento direto na tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. A decisão, que deve se estender ao longo da semana, é acompanhada de perto pela comunidade internacional e pode consolidar o Brasil como exemplo de resistência institucional diante de ataques golpistas.
Foto: Divulgação

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