Não é só uma campanha de prevenção, mas principalmente de valorização da vida
Muitas pessoas ainda carregam bloqueios emocionais que dificultam o importante ato de pedir ajuda. O medo do julgamento, a vergonha e os tabus sobre saúde mental afastam indivíduos de um cuidado essencial que é a busca por acompanhamento psicológico. No mês do Setembro Amarelo, a campanha nacional reforça a importância de falar sobre o tema e de derrubar barreiras que ainda persistem na sociedade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. A entidade também aponta que cerca de 1 em cada 8 pessoas no mundo convive com algum transtorno mental, evidenciando a urgência de ações que promovam acolhimento e acesso ao cuidado.
O preconceito em buscar um psicólogo geralmente nasce da falta de informação e de crenças culturais que associam terapia a “loucura” e a “fraqueza”, além do medo de se expor. Ainda há quem pense que cuidar da mente é menos importante do que cuidar do corpo, sendo um equívoco que amplia o sofrimento silencioso.
"Muitas vezes, o peso da cobrança social e a falta de informação fazem com que o sofrimento seja escondido. Precisamos mostrar que pedir ajuda é um ato de coragem e não de fraqueza", afirma Raquel Ribeiro Hernandes, psicóloga da Hapvida. Para a especialista, a conscientização precisa começar pela escuta e pelo acolhimento. Além disso, a quebra do ciclo de estigmas só é possível quando há abertura para conversar sem julgamentos e, para isso, toda a sociedade precisa estar envolvida.
Soluções
O diálogo dentro das famílias, a formação de redes de apoio nas comunidades e a maior oferta de políticas públicas voltadas à saúde mental são meios de conscientização. Espaços de acolhimento são essenciais para naturalizar o cuidado psicológico como parte da vida cotidiana.
Investimento Social
A OMS ainda destaca que, a cada dólar investido em tratamento para depressão e ansiedade, há um retorno de quatro dólares em produtividade e qualidade de vida. Ou seja, cuidar da saúde mental não é apenas um ato individual, mas também um investimento social.
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