Relatório aponta indícios de lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça; ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro foram indiciados
Por Redação|Amazônia Realidade
A Polícia Federal (PF) identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) movimentou cerca de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Os dados, compilados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), integram o inquérito que investiga a obstrução ao julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a análise, as movimentações financeiras do ex-presidente e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentam indícios de lavagem de dinheiro e outros ilícitos penais. O documento da PF afirma que “as operações financeiras com suspeitas de serem ocorrências de lavagem de dinheiro identificadas nas contas de titularidade de Jair Bolsonaro ocorreram entre 01/03/2023 e 05/06/2025”.
No período analisado, de março de 2023 a fevereiro de 2024, foram registrados R$ 30,5 milhões em créditos e valores semelhantes em débitos.
Na quarta-feira (20), a PF indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O relatório também menciona o descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas.
A operação da PF também atingiu o pastor Silas Malafaia, aliado político de Bolsonaro, que teve o celular apreendido no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, após desembarcar de um voo proveniente de Lisboa. Malafaia teve seus passaportes cancelados e foi proibido de manter contato com os Bolsonaro.
Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro negou qualquer descumprimento de medida cautelar e informou que prestará os esclarecimentos necessários ao ministro relator do caso, Alexandre de Moraes. Eduardo Bolsonaro também se manifestou, classificando as acusações como “delirantes” e criticando o que chamou de “vazamento de conversas” entre ele e o pai.
A investigação segue sob segredo de Justiça.
Fonte: Folhapress
Foto: Rosinei Coutinho/STF
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