Denúncia de Felca, com 21 milhões de views, escancara exploração infantil e a omissão de famílias – sociedade e autoridades precisam agir imediatamente!
Paulo Paixão | Amazônia Realidade
No Dia dos Pais, mais do que celebrar, é preciso refletir sobre a responsabilidade que acompanha a criação de crianças e adolescentes em um mundo cada vez mais digital. A recente polêmica envolvendo o influenciador Hytalo Santos, denunciado pelo youtuber Felca, escancara os riscos do uso indevido da internet e a exploração de menores em nome dos likes e visualizações.
O vídeo de Felca, que já ultrapassou 21 milhões de visualizações, expõe práticas preocupantes: a adultização precoce de adolescentes, a banalização da exposição infantil e a fronteira tênue entre entretenimento e exploração. Casos como o de Kamylla Santos, jovem de 17 anos cuja imagem é sexualizada em conteúdos massivos, revelam uma realidade perturbadora: onde estão os responsáveis?
A culpa não é só da internet, mas da falta de supervisão
A internet é um território sem lei? Não. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) existe para protegê-los, mas a fiscalização começa em casa. Se um influenciador com 20 milhões de seguidores pode ser investigado pelo Ministério Público por suspeita de exploração, por que muitos pais ainda permitem que seus filhos se tornem meros produtos de engajamento?
Hytalo Santos alega que tudo é feito com consentimento das mães, mas será que isso basta? Quando uma adolescente é incentivada a dançar de forma sensual para milhões de estranhos, quem está cuidando de sua dignidade? Quando uma criança vira "meme" em troca de fama, quem está protegendo sua infância?
O recado é claro: proteção em primeiro lugar
Neste Dia dos Pais, a mensagem precisa ser direta: criar um filho não é só dar amor, é também dar limites. A internet não é um parquinho seguro – é um espaço cheio de predadores, aliciadores e oportunistas. Cabe aos pais e tutores: monitorar o que os filhos consomem e produzem online, dialogar sobre os perogos da exposição excessiva e denunciar conteúdos e perfis que violam os direitos das crianças e dos adolescentes.
Vamos fazer a nossa parte!
Felca fez sua parte ao levantar a bandeira. Agora, a sociedade precisa reagir. Não basta compartilhar a indignação – é preciso agir. Porque, no fim das contas, nenhum like vale mais que a segurança e a vida de uma criança.
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