Bolsonaro nega envolvimento em golpe e defende inocência em alegações finais ao STF

Bolsonaro nega envolvimento em golpe e defende inocência em alegações finais ao STF

 Ex-presidente afirma que sempre agiu em defesa da democracia e pede absolvição por "ausência de provas"

Por Redação | Amazônia Realidade


Em suas alegações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sustentou que ele nunca agiu para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que sempre defendeu a democracia. O documento, com quase 200 páginas, foi entregue nesta quarta-feira (13/08) no processo em que Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado.


Negativa de participação em conspiração


A defesa afirmou que Bolsonaro "jamais aderiu a qualquer suposta conspiração" e que as acusações são baseadas em "ilações e interpretações distorcidas" de seus atos. "Não há nos autos prova idônea que demonstre que Jair Bolsonaro tenha, de qualquer forma, atentado contra o livre exercício dos Poderes constitucionais", diz o texto.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, sustenta que Bolsonaro foi o líder de uma organização criminosa que articulou o golpe e que seria o principal beneficiário se o plano tivesse sido bem-sucedido.


Pedido de absolvição e críticas ao processo

Bolsonaro pediu ao STF que seja absolvido por "ausência de provas", argumentando que os fatos descritos na denúncia não configuram crime. A defesa também contestou a acusação de que ele teria liderado os atos de 8 de janeiro de 2023:

"Os invasores de 8 de janeiro precisam de um chefe. Nem a Polícia Federal enxergou essa liderança", destacou o texto.


"Não há uma única prova" que vincule Bolsonaro a planos como "Punhal Verde e Amarelo" ou aos ataques às instituições.


Questionamento sobre provas e mídia


A defesa criticou o que chamou de "era das narrativas", acusando parte da imprensa de promover um "julgamento antecipado". "Uma parte expressiva do país, a maioria da imprensa, não quer um julgamento, quer apenas conhecer a quantidade de pena a ser imposta", afirmou.

Além disso, as alegações finais contestaram a validade de provas obtidas por delação e alegaram cerceamento de defesa, acusando a PGR de selecionar apenas evidências que prejudicam o ex-presidente.


Próximos passos


O STF deve julgar o caso nas próximas semanas. Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, sob a acusação de tentar obstruir as investigações.

Destaques do documento:


Inocência: Defesa afirma que não há crime nos atos imputados.

Liderança negada: Rejeita vínculo com os atos de 8 de janeiro.

Contexto político: Alega que o processo sofre influência midiática.


O ex-presidente segue aguardando o desfecho do julgamento, que pode definir seu futuro jurídico.


Foto: Reprodução/TV Justiça

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