Ex-presidente, ex-ministros e generais são acusados de organizar tentativa de golpe de Estado; alegações finais apontam crime de organização criminosa
Brasilia(DF) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (14/07) as alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida após as eleições de 2022. O Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete acusados por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe.
Entre os alvos do pedido de condenação estão ex-ministros de Estado e ex-comandantes das Forças Armadas, que, segundo a PGR, participaram da construção de um plano ilegal para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas. As provas reunidas ao longo da investigação apontam a existência de uma organização criminosa que agiu deliberadamente contra a Constituição e o resultado das eleições democráticas.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, é tratado nas alegações como réu colaborador. Ele prestou informações que reforçam a acusação de que houve reuniões, minuta de decreto golpista e articulações com militares e autoridades civis para tentar subverter a ordem democrática no país. As alegações finais representam a etapa conclusiva do Ministério Público antes do julgamento, que será conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O processo é um dos mais relevantes da história recente do Brasil, pois trata diretamente da tentativa de ruptura institucional e da responsabilização dos seus idealizadores.
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