(Foto: Marcelo Victor)
Em meio à imensidão verde da Amazônia, onde o rio é estrada e a mata abriga culturas milenares, a educação floresce como semente de esperança. Alvarães está vivendo um momento histórico. Pela primeira vez, aldeias indígenas do município estão recebendo escolas modernas, com estruturas que respeitam a identidade de cada povo.
As comunidades Jurupari e São Jorge da Ponta da Castanha, localizadas em áreas de difícil acesso, agora contam com ambientes que acolhem o saber ancestral e o conhecimento acadêmico. A escola da Aldeia São Jorge leva o nome do pajé Olavio Nunes Corrêa — uma justa homenagem a quem dedicou a vida à sabedoria tradicional e ao cuidado com seu povo.
Mais do que prédios de alvenaria, essas escolas inauaguradas no dia 17 de Maio deste ano, representam pontes: entre passado e futuro, entre culturas e direitos, entre o sonho e a realidade. Elas simbolizam o compromisso do poder público com uma educação de qualidade, inclusiva e respeitosa com a diversidade dos povos indígenas.
O prefeito Lucenildo Macedo, ao participar da entrega das unidades escolares com sua família, mostrou que governar também é estar presente, ouvir e valorizar tradições. O gesto de servir açaí aos moradores é mais do que simbólico: é um ato de pertencimento.
Já são quatro escolas entregues em 2025. Até o fim do ano, mais 12 serão inauguradas, formando uma rede sólida de acesso ao conhecimento onde antes havia apenas a esperança.
Educar na floresta é cultivar futuro com raízes profundas.
Em Alvarães, cada nova escola é um ato de resistência, de cuidado e de amor pelo que somos e pelo que queremos ser.
A reconstrução começa com lápis, cadernos e sonhos.
E no coração da Amazônia, o futuro já começou — com o pé no chão da floresta e os olhos voltados para o amanhã.
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