MPAM investiga uso irregular de animal silvestre por hotel de selva

MPAM investiga uso irregular de animal silvestre por hotel de selva

Araracanga era utilizada para divulgação sem licença ambiental


Manaus/AM - O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para apurar a utilização irregular de uma araracanga em atividades turísticas por um hotel de selva localizado no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. A investigação, conduzida pela 50ª Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente e Ordem Urbanística (Prodemaph), teve início após uma denúncia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O caso foi identificado durante a operação Safari Amazônico, que visa combater o uso indevido e os maus-tratos de animais silvestres na região metropolitana. A ave, utilizada sem autorização em ações promocionais do empreendimento, foi apreendida e encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), enquanto o hotel poderá enfrentar sanções administrativas e judiciais.

A investigação tem como base o artigo 225 da Constituição Federal, que estabelece a proteção ambiental como um dever do Estado e da sociedade, prevendo penalidades para práticas lesivas ao meio ambiente. No Brasil, o uso comercial de animais silvestres exige licenciamento específico emitido por órgãos ambientais competentes, como o Ibama e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A ausência dessa autorização caracteriza infração administrativa e pode resultar em multas e outras punições. O MPAM busca esclarecer se houve dolo na conduta do hotel, que pode ser responsabilizado civil e criminalmente. Além disso, a promotora de Justiça Lilian Maria Pires Stone requisitou informações adicionais aos órgãos de fiscalização para aprofundar a apuração dos fatos.

O caso reforça a necessidade de fiscalização rigorosa sobre o uso de animais silvestres em atividades comerciais, a fim de garantir a preservação da fauna amazônica e o cumprimento da legislação ambiental. A exploração indevida desses animais não apenas compromete o equilíbrio ecológico, mas também configura crime ambiental passível de punição. O MPAM segue acompanhando o inquérito para garantir que as medidas cabíveis sejam tomadas e que práticas similares sejam coibidas no futuro. Enquanto isso, o Cetas continuará responsável pelo tratamento e reabilitação da araracanga, visando sua reintegração ao habitat natural.

Fonte: MPAM

Foto: Pixabay

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