Por Paulo Paixão
Rio de Janeiro/RJ – O jornalista, apresentador e locutor Léo Batista, um dos maiores nomes da história do jornalismo esportivo brasileiro, morreu neste domingo (19/01), aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde 6 de janeiro no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, Zona Oeste da cidade, e foi diagnosticado com um tumor no pâncreas.
Com uma carreira de mais de 70 anos, Léo Batista esteve presente nas maiores coberturas jornalísticas do Brasil e do mundo. Reconhecido por sua “voz marcante”, como ficou conhecido pelo público, ele deu vida a momentos históricos, como a cobertura da morte de Getúlio Vargas, e fez parte de quase todos os telejornais da TV Globo, emissora na qual trabalhou por 55 anos – até pouco antes de sua internação.
Início como locutor de alto-falante
Nascido João Baptista Belinaso Neto, em 22 de julho de 1932, na cidade de Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista começou sua trajetória no rádio nos anos 1940. Incentivado por um primo, participou e foi aprovado em um concurso para locutor do serviço de alto-falante de sua cidade natal.
“Serviços de alto-falantes América, transmitindo da Praça João Pessoa!”, dizia com entusiasmo, marcando o início de uma carreira brilhante que o consagrou como um dos grandes nomes da comunicação brasileira.
Léo Batista deixa um legado inestimável ao jornalismo esportivo, tornando-se uma referência de profissionalismo e dedicação.
Homenagem a Léo Batista
(1922 – 2025)
Silencia-se uma voz, eco de eras,
Que atravessou os campos e esferas.
Léo Batista, nome que ressoa,
Sete décadas de histórias, a voz que entoa.
Nasceu em Cordeirópolis, terra de luz,
Onde a paixão pelo microfone conduz.
Do alto-falante da praça pequena,
Às telas globais, sua jornada é serena.
Noticiou tragédias, conquistas, heróis,
A morte de Vargas e tantos "depois".
Testemunha do tempo, narrador de emoção,
Foi a voz marcante de uma geração.
Do esporte, fez palco, sua vida, um jornal,
Com timbre inconfundível, seu legado imortal.
Rasgou o silêncio da Zona Oeste ao mundo,
Deixando-nos um eco profundo.
Seus 92 anos, um desfile de glórias,
Que seguem gravados nas nossas memórias.
Hoje, a saudade se mistura ao respeito,
Ao mestre que fez da notícia um leito.
Léo Batista, estrela que brilha no céu,
O locutor que jamais terá um véu.
Descansa agora, gigante da comunicação,
Eternizado na história e na nossa emoção.
Fonte: Amazônia Realidade
Foto: TV Globo/Acervo
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