Para o MPF-PB, o apresentador que comemora mortes em programa policial teria cometido crime em 2018
Bolsonarista de carteirinha e amigo do ex-presidente, o apresentador Sikêra Jr., ficou famoso por comemorar mortes em programas policiais na televisão. Agora ele está na mira do MPF-PB e pode ser preso a qualquer momento.
Na última segunda-feira (30), o Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) ajuizou uma ação penal contra o bolsonarista, solicitando sua prisão e pagamento de multa.
Sikêra é acusado de ter cometido o crime de racismo por uma declaração feita durante o programa ao vivo "Cidade em Ação", da TV Arapuã, em junho de 2018. O MPF destaca, entre outras falas preconceituosas, a declaração do apresentador de que mulheres que não têm costume de pintar as unhas são "sebosas", adicionando que as mulheres devem ser "escolhidas pelos pés".
De acordo com a procuradoria, Sikêra
"extrapolou os limites da liberdade de expressão ao incitar, inflamar e propagar discurso de ódio com atos de discriminação por gênero, preconceito, exclusão e estigmatização, violentando a dignidade humana, como prevê a Constituição Federal em seu artigo 1°".
O caso se enquadra no crime de racismo, tipificado no artigo 20, da Lei 7.716/89, pois, segundo o MPF, ele "praticou discriminação e preconceito racial de gênero por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa"
O caso será julgado pela 16ª Vara Federal na Paraíba.
Sikêra se pronuncia
Através do Instagram, Sikêra Jr publicou nesta quinta-feira (2) um print de notícia sobre o pedido de prisão e escreveu: "A perseguição e a censura aos brasileiros de direita, está vindo a galope. Absurdo! "
Fonte: Fórum
Foto: Reprodução
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