Silvinei Vasques foi preso no Paraguai usando passaporte falso e levava documento médico para justificar saída do país
Por Redação | Amazônia Realidade
Manaus (AM) — O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso no Paraguai enquanto tentava fugir do Brasil levando uma carta na qual alegava ser cego, surdo e portador de câncer cerebral. O documento tinha como objetivo justificar sua viagem ao exterior para tratamento médico, segundo informações reveladas pelo portal UOL e confirmadas pela Folha de S.Paulo.
Documento médico alegava incapacidade de comunicação
De acordo com o conteúdo da carta, Silvinei afirmava não conseguir falar, ouvir ou enxergar, comunicando-se apenas por escrito. O texto também mencionava que um suposto tratamento médico realizado em Foz do Iguaçu teria provocado como efeitos colaterais a cegueira e a surdez.
No momento da prisão, o ex-diretor da PRF portava um passaporte falso paraguaio, emitido em nome de Julio Eduardo, e seguia para o aeroporto de Assunção, onde tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador.
Prisão ocorreu após falha em tornozeleira eletrônica
A tentativa de fuga foi descoberta após a Polícia Federal identificar uma falha no sinal da tornozeleira eletrônica usada por Silvinei, que deixou de transmitir dados de GPS por volta das 3h do dia 25 de dezembro. Horas depois, equipes da Polícia Penal de Santa Catarina e da Polícia Federal constataram que ele não estava mais em seu apartamento, em São José (SC).
Deslocamento até o Paraguai foi planejado
Segundo a investigação, Silvinei utilizou um carro alugado para sair de Santa Catarina rumo ao Paraguai. Antes da fuga, ele organizou seus pertences e deixou o imóvel levando bolsas, tapetes higiênicos e até um cachorro da raça pitbull. Imagens e relatos apontam que ele vestia roupas simples e um boné no momento da saída.
Prisão preventiva decretada pelo STF
Após ser informado sobre a tentativa de fuga, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques. Neste mês, o ex-diretor da PRF foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pela Primeira Turma do STF, por participação em um dos núcleos da trama golpista ligada ao governo Jair Bolsonaro (PL).
Foto: Divulgação / Polícia Federal
Com informações da Folhapress

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