Governador Cláudio Castro enfrenta batalha judicial decisiva no TSE

Governador Cláudio Castro enfrenta batalha judicial decisiva no TSE

Julgamento que pode cassar seu mandato e torná-lo inelegível foi interrompido, enquanto a operação no Rio gera expectativa sobre sua influência no colegiado.


Por Redação | Amazônia Realidade 


Brasília (DF) - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, enfrenta uma das maiores batalhas judiciais de sua carreira política. Em sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra relatora, Isabel Gallotti, votou pela cassação do mandato de Castro e por sua inelegibilidade por oito anos. No entanto, um pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira adiou a conclusão do julgamento, que agora aguarda a definição de uma nova data.


A relatora e o voto pela condenação


O processo se refere às eleições de 2022 e acusa Castro e seu vice, Thiago Pampolha, de abuso de poder político e económico e de irregularidades em gastos de campanha. A ministra Gallotti, em seu voto, considerou provadas as acusações de que a fundação Ceperj e a UERJ foram usadas com finalidade eleitoreira, citando a existência de uma "folha de pagamento secreta" e a criação de programas sociais não previstos no orçamento.


Ela concluiu pela condenação, determinando não só a perda do mandato e a inelegibilidade de Castro, mas também a cassação do diploma do vice e a realização de novas eleições no estado.


A defesa e a incógnita da Operação no RJ


Em nota, a assessoria de Castro defendeu o governador, lembrando que ele já havia sido absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e que nenhum elemento novo surgiu para justificar uma revisão.


Enquanto o julgamento no TSE está parado, uma grande questão paira sobre os ministros: será que o resultado da operação no RJ vai influenciar a decisão do colegiado? A recente ação de buscas e apreensões ligadas à Ceperj, fundação no centro das acusações, joga um novo foco de atenção sobre o caso e pode, na avaliação de especialistas, impactar a percepção dos demais ministros sobre a gravidade das denúncias quando o julgamento for retomado.


Agora, a estratégia da defesa será reforçar a tese de que os fatos administrativos não configuram abuso de poder eleitoral, enquanto o Ministério Público e a oposição esperam que o clima político-investigativo atual fortaleça o voto da relatora e influencie os demais membros do tribunal.


Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

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