Enquanto Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo seguem insistindo em narrativas falsas para a extrema direita brasileira — alegando serem interlocutores entre o Brasil e os Estados Unidos —, o presidente norte-americano Donald Trump surpreendeu ao elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmar que pretende visitar o Brasil “em algum momento”.
Em coletiva nesta segunda-feira (6), Trump revelou ter tido uma “ótima conversa” com Lula, a quem chamou de “bom homem”, e anunciou que os dois países “vão começar a fazer negócios”. O gesto desmente, de forma direta, o discurso bolsonarista de rompimento entre os governos e expõe o isolamento político de figuras como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que tentam se manter relevantes propagando mentiras sobre suposta influência nos bastidores diplomáticos.
“Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. (…) Em algum momento eu vou [para o Brasil], e ele [Lula] vai vir aqui”, declarou Trump, que nunca havia visitado o país durante seu mandato.
A conversa entre Lula e Trump durou cerca de 30 minutos, por vídeo, e foi feita a pedido do próprio presidente americano. Segundo o governo brasileiro, o diálogo teve tom amistoso e tratou de economia, comércio e sanções impostas por Washington ainda durante a gestão Trump, como retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
O presidente Lula aproveitou a ligação para solicitar a revisão dessas medidas e reforçou o interesse em reaproximar os dois países em bases de respeito e cooperação.
Derrota simbólica da extrema direita
A aproximação entre Trump e Lula desmonta mais um dos pilares da narrativa bolsonarista, que tenta pintar o petista como inimigo dos EUA e o próprio Trump como aliado exclusivo da extrema direita brasileira.
Eduardo Bolsonaro, que por anos tentou explorar o sobrenome do pai e o alinhamento ideológico com Trump para se projetar internacionalmente, foi completamente ignorado pelo republicano. Já Paulo Figueiredo, que se autointitula “voz da direita brasileira nos EUA”, tem sido desmentido pelos próprios fatos.
A fala amistosa de Trump sobre Lula — com elogios públicos e promessa de visita — demonstra que, na prática, a diplomacia real acontece entre chefes de Estado, e não entre influenciadores ou filhos de ex-presidentes que vivem de espalhar desinformação.
Trump e Lula: diálogo em construção
Os dois líderes devem voltar a conversar em breve, e há a possibilidade de um encontro presencial em algum país da Ásia. O ministro da Economia, Fernando Haddad, classificou o diálogo como “positivo”, enquanto o Planalto destacou o “tom construtivo e cordial” da conversa.
A reaproximação é vista como um movimento estratégico, tanto para o comércio bilateral quanto para o cenário geopolítico global. E, para desespero dos bolsonaristas, ela marca o início de uma nova fase nas relações entre Brasil e Estados Unidos — sem intermediários e sem fake news.
Foto: Divulgação/Internet
Postar um comentário