Trilha sensorial de madeiras amazônicas é o novo atrativo do Bosque da Ciência

Trilha sensorial de madeiras amazônicas é o novo atrativo do Bosque da Ciência


O Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), apresenta seu mais novo atrativo: a Trilha Sensorial de Madeira. O visitante poderá ter uma vivência sensorial ao andar descalço na trilha sensorial feita com resíduos de árvores caídas e de madeiras para uma imersão de bem-estar focada no simples ato de caminhar descalço.

A trilha é fruto da pesquisa de mestrado de Isabella Ono, do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais (PPG-CFT) do Inpa, com orientação do Dr. Niro Higuchi do Laboratório de Manejo Florestal (LMF) e coorientação da Dra. Maria Inês Gasparetto Higuchi,  do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (LAPSEA). O projeto investiga o uso de resíduos de madeira como um recurso de sensibilização para a restauração psicológica e o bem-estar dos caminhantes.

Sobre a Trilha

A estrutura da trilha foi construída com 19 segmentos de madeira da Amazônia, todos eles provenientes de árvores caídas e reaproveitadas da Reserva Experimental ZF2 e Bosque da Ciência, reforçando o compromisso com o uso sustentável. Entre elas,   estão o mogno, a castanheira, o breu branco e a matamatá em troncos, ripas e discos, cavacos, pó de serragem, folhas, cascas  e madeira em decomposição (paú ou paul).


As madeiras foram dispostas de forma a criar um percurso sensorial que explora as diferentes texturas, formas, cheiros e densidades de espécies amazônicas. A idealizadora do projeto, Isabella Ono, explica que o percurso explora as propriedades multissensoriais da madeira a partir do contato com os pés descalços. Nesse caminhar atento e introspectivo, o visitante poderá sentir os benefícios de bem-estar físico e psicológico próprios do contato com a natureza.  

Benefícios

Vários estudos científicos comprovam que, ao se caminhar descalço, há uma troca de elétrons com a terra, ajudando a descarregar a carga elétrica acumulada pelo corpo e promovendo sentimentos de restauração psicológica. Outros sentidos também serão ativados e proporcionarão sensações restauradoras da atenção e do estresse. 


A pesquisadora do Inpa e coordenadora do Lapsea, Dra. Maria Inês Gasparetto Higuchi ressalta a importância psicosocial da trilha para a (re)conexão com a natureza. Ela afirma que, na vida turbulenta e estressante da vida urbana, as pessoas estão vivendo um “transtorno do déficit de natureza”, que acaba por trazer sérios problemas físicos e mentais às pessoas.  Nesse sentido, a trilha sensorial do caminhar descalço pode ser uma estratégia a ser utilizada em parques verdes urbanos e em escolas para reverter esse adoecimento. 

“A trilha serve como um momento terapêutico natural que proporciona calmaria e experiências inovadoras, principalmente para as crianças e os adolescentes, pois vemos que estes têm cada vez menos contato com a natureza", explica a coordenadora.

Sobre a visita

A Trilha Sensorial de Madeira está localizada ao lado da Casa da Ciência e está aberta a todos os públicos, sendo crianças, jovens, adultos ou idosos. Ela acompanha o horário de funcionamento do Bosque da Ciência que vai de terça a domingo, das 9h às 16h30. 

A entrada para a trilha é livre, sendo necessário apenas o agendamento de visita para o Bosque.

Fonte: Ascom/Inpa

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