Um Marco na Democracia: STF Inicia Julgamento Histórico sobre Trama Golpista sob Tensão Internacional

Um Marco na Democracia: STF Inicia Julgamento Histórico sobre Trama Golpista sob Tensão Internacional

Sob a ameaça de interferência externa dos EUA, o Supremo Tribunal Federal inicia nesta terça-feira, 2 de setembro, o processo que pode condenar Jair Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão, em um teste crucial para as instituições brasileiras.

Por Redação | Amazônia Realidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a escrever um capítulo decisivo na história democrática do Brasil. Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, tem início o aguardado julgamento da trama golpista, que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de tentativa de golpe de Estado. O processo, que ocorre em um clima de extrema tensão e sob a mira de críticas e ameaças de setores políticos dos Estados Unidos, representa um teste de fogo para o Estado de Direito no país.

Em meio a este cenário de pressão internacional, a defesa de Bolsonaro informou que o ex-presidente não comparecerá à sessão inaugural. Ele, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, não estará presente por motivos de saúde. De acordo com seus advogados, Bolsonaro não está em boa condição física, enfrentando crises persistentes de soluço que, por vezes, levam a vômitos.

O estado de saúde do ex-presidente foi detalhado em um boletim médico divulgado após seus exames no dia 16 de agosto. O documento informa que ele segue em tratamento para hipertensão arterial e refluxo, além de adotar medidas preventivas contra broncoaspiração. Aliados afirmam que a sua condição não é apenas física, mas também psicológica.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que visitou Bolsonaro por cerca de duas horas na segunda-feira, corroborou a informação. “Ele está sereno, mas soluçando muito. Acho que não é viável [a ida dele ao julgamento]”, disse ela à reportagem, após conversar com o ex-presidente e sua mulher, Michelle.

Apesar de sua ausência física no primeiro dia, a estratégia de defesa e a possibilidade de ele comparecer em dias posteriores, especialmente no encerramento do julgamento (previsto para 12 de setembro), ainda são avaliadas. Originalmente, o entorno de Bolsonaro chegou a considerar a presença como uma forma de demonstrar força e enfrentamento perante os ministros que considera seus "algozes".

Como está sob prisão domiciliar, qualquer deslocamento de Bolsonaro ao STF depende de uma autorização expressa do ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, conforme determina o Código de Processo Penal.

O julgamento que se inicia transcende o caso individual e se transforma em um símbolo de resistência institucional. O mundo observa se o Brasil, mesmo sob ameaças externas, levará adiante o processo judicial que apura um atentado contra a sua democracia.

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