Manobra de Hugo Motta e Arthur Lira após pressão bolsonarista afronta o regimento da Câmara e revolta população
Por Redação|Amazônia Realidade
A aprovação da chamada PEC da Bandidagem, que condiciona a abertura de investigações contra parlamentares à autorização prévia do Congresso Nacional, desencadeou uma onda de indignação em todo o país. Levantamentos feitos nas redes sociais apontam que mais de 80% da sociedade brasileira se posicionou contra a proposta, considerada um retrocesso democrático e um escudo para a impunidade.
A votação, conduzida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi marcada por uma manobra política controversa. Sob forte pressão de parlamentares bolsonaristas, que chegaram a ocupar a mesa diretora em ato considerado uma afronta ao regimento interno da Casa, a matéria foi levada ao plenário em ritmo acelerado, sem espaço para o debate aprofundado.
A resposta da população foi imediata. Milhares de brasileiros foram às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Manaus, Belém, entre outras capitais, onde manifestações ocorreram em praças e avenidas centrais, ecoando gritos de “Não à bandidagem”, “Ninguém acima da lei” e “Respeitem a Constituição”. Nas redes sociais, a hashtag #PECdaVergonha permaneceu entre os assuntos mais comentados durante todo o dia.
Juristas e entidades de classe também reagiram. Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a medida fere diretamente a independência dos Poderes e afronta o princípio da igualdade perante a lei. Já especialistas em direito constitucional classificaram a PEC como “claramente inconstitucional” e uma tentativa de criar um foro privilegiado turbinado.
O recado das ruas e da internet foi claro: a sociedade brasileira não aceita que seus representantes se blindem contra investigações. A pressão agora recai sobre o Senado, que terá a responsabilidade de analisar a proposta diante da forte rejeição popular.
Foto: Reprodução/TV Globo
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