Operação da PF que prendeu o “Careca do INSS” reforça investigações da CPI sobre fraudes bilionárias na Previdência

Operação da PF que prendeu o “Careca do INSS” reforça investigações da CPI sobre fraudes bilionárias na Previdência

Prisões de Antônio Carlos Camilo Antunes e do empresário Maurício Camisotti trazem novos elementos para a Comissão Parlamentar de Inquérito, que apura rombo de R$ 6,3 bilhões no INSS


Por Redação Amazônia Realidade

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, em uma ofensiva contra fraudes milionárias em aposentadorias e pensões. Ambos são apontados como peças-chave em um esquema que pode ter desviado mais de R$ 6,3 bilhões dos cofres públicos entre 2019 e 2024. A ação representa um marco importante para os trabalhos da CPI do INSS, instalada no Congresso para investigar o maior escândalo previdenciário da história recente do país.

Segundo as investigações, Antunes atuava como lobista e “facilitador” dentro da estrutura do INSS, enquanto Camisotti seria sócio oculto de entidades envolvidas na fraude. A PF afirma que associações de fachada cadastravam aposentados sem autorização, usando assinaturas falsas para descontar mensalidades indevidas direto na folha de pagamento. Parte desses recursos abastecia um esquema de propina envolvendo dirigentes e servidores do órgão. A CPI deve convocar os presos e incluir os novos documentos apreendidos — entre eles carros de luxo, obras de arte e registros de transferências milionárias — como provas centrais.

Para parlamentares que integram a comissão, a operação da PF confirma o que já vinha sendo denunciado por vítimas em audiências públicas: aposentados foram enganados, sofreram descontos ilegais e, em muitos casos, sequer sabiam que estavam “associados” a entidades. Agora, a expectativa é que a CPI utilize as informações colhidas para avançar na responsabilização dos envolvidos, identificar cúmplices dentro do INSS e propor medidas que evitem que crimes dessa magnitude voltem a se repetir.

Foto: Reprodução/Internet 

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