Em 12 dias de ação, já são 277 dragas inutilizadas entre Humaitá e Manicoré; prejuízo ambiental e social é incalculável
Por Redação | Amazônia Realidade
A Polícia Federal divulgou nesta sexta-feira (20) a atualização dos resultados da Operação Boiúna, realizada no Rio Madeira, entre os municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas. A ação, deflagrada para combater o garimpo ilegal na região, já inutilizou 277 dragas desde o dia 8 de setembro, sendo 23 somente nesta última etapa.
Segundo a PF, o valor estimado das dragas destruídas chega a R$ 20 milhões, mas os impactos econômicos e ambientais do garimpo são muito mais graves. Com base em estimativas de produção média de ouro em sete meses de atividade, a corporação calcula que:
- Valor do ouro extraído ilegalmente: R$ 245.488.546
- Impactos socioambientais: R$ 630.944.405
- Dano total: R$ 876.432.951
Prejuízo para o meio ambiente e comunidades
A Polícia Federal destaca que os danos ambientais incluem a contaminação das águas por mercúrio, destruição de habitats aquáticos e impactos diretos sobre comunidades ribeirinhas e povos tradicionais que dependem do Rio Madeira para sobreviver. O garimpo ilegal ainda alimenta conflitos territoriais e pressiona áreas de floresta preservada.
Operação em andamento
Deflagrada em 8 de setembro, a Operação Boiúna segue em curso e deve continuar atingindo estruturas de garimpo ilegal que atuam em pontos estratégicos do Rio Madeira. O balanço parcial já mostra uma das maiores ofensivas contra a mineração clandestina na Amazônia nos últimos anos.
A Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas reforçou em nota que o objetivo da operação é enfraquecer financeiramente organizações criminosas ligadas ao garimpo ilegal e reduzir os danos socioambientais que vêm se acumulando na região.
Fonte: CSPF/AM
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