Amazonas lidera queda nas queimadas no Brasil: ações do IBAMA impulsionam redução histórica no fogo na floresta

Amazonas lidera queda nas queimadas no Brasil: ações do IBAMA impulsionam redução histórica no fogo na floresta

O mês de julho de 2025 marcou um momento decisivo na luta contra os incêndios florestais no Brasil, especialmente no estado do Amazonas, que registrou uma redução de 93,44% nos focos de calor, em comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é confirmada por dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontam 278 focos registrados em julho, frente aos 4.241 identificados no mesmo mês de 2024.

A atuação firme do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) tem sido apontada como fator essencial nesse resultado. No acumulado de janeiro a julho de 2025, o estado somou 498 focos, contra mais de 25 mil em 2024, número que havia sido o pior da série histórica.

“A presença contínua do IBAMA em campo, associada a medidas de inteligência ambiental, uso de brigadas, helicópteros e ações punitivas em áreas críticas, fez com que o Amazonas deixasse o topo do ranking das queimadas na Amazônia”, destaca Joel Araújo, superintendente do IBAMA no Amazonas.

Panorama nacional: Brasil reduz 61% das áreas queimadas em julho

Em nível nacional, o Brasil também obteve conquistas expressivas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), julho de 2025 registrou queda de 56,8% no número de focos de calor e redução de 61% nas áreas queimadas, em relação a julho de 2024. Foram 9.713 focos neste ano contra 22.487 no ano passado, e 726 mil hectares queimados ante 1,8 milhão em 2024.

A Amazônia teve papel crucial nesse resultado. O bioma registrou queda de 80,9% nos focos e redução de 89,9% na área queimada no primeiro semestre de 2025. Foram 2.183 focos e 79 mil hectares queimados, comparados aos 11.400 focos e 782 mil hectares de 2024.


Mais estrutura, mais presença: IBAMA e Governo Federal reforçam combate

O sucesso nas ações de prevenção e combate se deve à combinação de fatores, entre eles:

• Maior contingente de brigadistas da história: 4.385 profissionais contratados, sendo 2.600 pelo IBAMA;

• No Amazonas, o número de brigadas aumentou de 3 para 8 e o número de brigadistas, de 60 para 198 entre 2022 e agora em 2025.

• Sete novos helicópteros para transporte e lançamento de água em áreas de difícil acesso, ampliando a capacidade de resposta em 133%;

• Aporte de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para os Corpos de Bombeiros da Amazônia Legal, com R$ 45 milhões destinados ao Amazonas;

• Aplicação de queimas prescritas e preventivas em mais de 237 mil hectares, incluindo 83 mil hectares em Terras Indígenas e Unidades de Conservação do Amazonas;

• Monitoramento por satélite, drones e reforço na inteligência ambiental, apoiando decisões rápidas e precisas.

Alerta segue ligado: verão amazônico pode elevar risco

Apesar da redução histórica, o risco ainda persiste. O estado está entrando no verão amazônico, período que vai de junho a novembro, com auge entre setembro e outubro. A estação é marcada por estiagem, altas temperaturas (acima de 35 °C) e baixa umidade, condições que favorecem o surgimento de incêndios florestais.

“Julho foi um respiro, mas sabemos que os meses críticos ainda estão por vir. Seguiremos com operações estratégicas, priorizando os municípios que mais sofreram em anos anteriores, como Apuí, Lábrea, Humaitá e Boca do Acre”, afirma Joel Araújo (@joelaraujoam)

 

Reforço legal e gestão integrada fortalecem combate

Diversas medidas estruturantes também têm ampliado a capacidade de resposta nacional:

• Lei nº 14.944/2024 – Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo;

• Lei nº 15.143/2025 – Mais agilidade para contratação de brigadistas e uso de aeronaves estrangeiras;

• Decreto nº 12.189/2025 – Aumenta as punições para crimes ambientais relacionados a incêndios;

• Planos de Prevenção e Combate aos Incêndios para todos os biomas, com metas até 2027.

O exemplo do Amazonas inspira o Brasil

A combinação de tecnologia, presença em campo, articulação interinstitucional e reforço de recursos humanos e financeiros fez do Amazonas um exemplo nacional na luta contra os incêndios florestais. O modelo de ação liderado pelo IBAMA e articulado com comunidades, estados e municípios poderá agora inspirar estratégias similares em outros biomas, como o Pantanal, Cerrado e Caatinga.

O desafio continua, mas a floresta respondeu. E a sociedade brasileira mostrou que é possível proteger seus territórios com firmeza, ciência e presença do Estado.

 

Fonte: Divulgação IBAMA-AM

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