Morre um dos maiores nomes da fotografia mundial; brasileiro eternizou a Amazônia e as causas sociais com sua lente poderosa e sensível
Por Redação | Amazônia Realidade
Manaus(AM) - O mundo perdeu nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, o fotógrafo que eternizou os rostos da humanidade e da floresta. Sebastião Salgado, mineiro de Aimorés, faleceu aos 81 anos, deixando um legado que transcende imagens: uma história de compromisso com os invisíveis, com os excluídos — e com a natureza.
Com passagens marcantes pela Amazônia, Salgado retratou os povos indígenas, os rios, as árvores e os animais com a mesma reverência que dedicou às vítimas da guerra, da fome e do deslocamento forçado. Seu último grande projeto, “Amazônia”, lançado em 2021, foi uma ode visual à maior floresta tropical do planeta e aos povos que a habitam — muitos deles, ignorados pelas lentes do mundo.
"Eu fotografo o que há de mais humano em nós: a luta, o sofrimento, mas também a resiliência e a esperança", dizia Salgado — uma frase que resume sua obra e sua missão.
Ao lado da esposa e curadora Lélia Wanick Salgado, fundou o Instituto Terra, responsável por reflorestar áreas devastadas da Mata Atlântica, e inspirar ações ambientais mundo afora.
Legado eterno
Sebastião Salgado foi mais do que um fotógrafo: foi um contador de histórias por imagens. Suas obras Trabalhadores, Êxodos, Gênesis, Gold e Amazônia são documentos visuais de valor histórico, artístico e político.
Na Amazônia, seus retratos dialogam com a essência dos povos originários e denunciam os impactos da destruição ambiental. Um trabalho que seguirá sendo referência para jornalistas, ambientalistas e fotógrafos.
Despedida
A família informou que o funeral será reservado. Uma homenagem pública está sendo organizada para os próximos dias, em Paris.
O Portal Amazônia Realidade presta solidariedade à família e se une ao luto global por essa perda imensurável. A floresta, os povos e o jornalismo visual perdem hoje um de seus maiores defensores.
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