Nova tecnologia revela cidades interconectadas sob a floresta equatoriana

A análise revelou uma complexa rede de cidades interligadas, composta por cinco grandes assentamentos e dez menores, abrangendo uma área de aproximadamente 300 km². Essa descoberta desafia a visão tradicional de que a Amazônia era habitada apenas por pequenos grupos nômades, indicando que sociedades organizadas e urbanizadas floresceram na região há milênios.
Uma civilização oculta sob a floresta
Por décadas, acreditou-se que a floresta amazônica era um ambiente inóspito para o desenvolvimento de civilizações complexas. No entanto, a nova pesquisa mostra o contrário: a civilização perdida no Vale do Upano possuía uma infraestrutura sofisticada, com estradas largas e retas que interligavam os assentamentos, além de estruturas residenciais e cerimoniais.
Segundo Stéphen Rostain, arqueólogo do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França e líder das escavações, os pesquisadores já haviam identificado montes e algumas estruturas no local, mas faltava uma visão abrangente da região. Com a aplicação do LiDAR, foi possível mapear com precisão a organização dessas antigas cidades.
O impacto da descoberta
O mapeamento a laser foi realizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Patrimônio Cultural do Equador e revelou que os assentamentos descobertos eram densamente povoados. A presença de uma extensa rede de infraestrutura urbana sugere que essa civilização possuía um sistema avançado de planejamento e governança, desafiando concepções anteriores sobre a ocupação da Amazônia pré-colombiana.
Essa descoberta abre novas perspectivas para a arqueologia na região, indicando que a floresta amazônica pode ter abrigado outras civilizações igualmente complexas, ainda desconhecidas. À medida que a tecnologia LiDAR avança, mais segredos da floresta podem vir à tona, transformando nossa compreensão da história da América do Sul.
Fonte: INPCE
Foto: Amazônia Imersiva/Reprodução
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