Ataque arriscado: entenda como as tropas ucranianas invadiram a Rússia

Ataque arriscado: entenda como as tropas ucranianas invadiram a Rússia




Na semana passada, a Ucrânia lançou uma ofensiva militar audaciosa, planejada e executada em segredo, com o objetivo de alterar a dinâmica de uma guerra que parecia estar perdendo aos poucos, cidadezinha a cidadezinha, com o avanço das tropas russas no leste de seu território. Na verdade, a operação surpreendeu até seus aliados mais próximos, inclusive os EUA, desafiando os limites de permissão de uso dos equipamentos ocidentais dentro do território inimigo.

Praticamente na defensiva desde a fracassada contraofensiva do ano passado, os ucranianos romperam a frente de 40 quilômetros de extensão para avançar mais de 11 pelo interior russo, fazendo dezenas de soldados prisioneiros, segundo analistas e autoridades locais. Em 12 de agosto, o governador de Kursk anunciou que os ucranianos já controlavam 28 cidadezinhas e aldeias da região. Mais de 132 mil pessoas foram retiradas das áreas adjacentes. “A Rússia levou a guerra para os outros, agora ela está voltando para casa”, afirmou Volodimir Zelenski no pronunciamento que fez no mesmo dia.

A investida é uma aposta extremamente arriscada, sobretudo porque a Rússia atualmente domina boa parte do front na Ucrânia e fez um progresso significativo no leste. Se as tropas conseguirem manter a conquista territorial, podem esgotar a capacidade adversária, causar um enorme constrangimento a Vladimir Putin e permitir a entrada do país em qualquer negociação de paz com uma carta na manga – mas, se forem expulsas de Kursk e os russos continuarem avançando na porção oriental ucraniana, seus líderes podem ser considerados culpados por proporcionar uma abertura e um estrago ainda maiores.

Os oficiais permanecem em silêncio, e os analistas que passam o dia monitorando o conflito se disseram surpresos. “Este é um bom exemplo de como as operações modernas exigem medidas operacionais extremas e dissimulação para que sejam bem-sucedidas”, afirmou Pasi Paroinen, analista do Grupo Black Bird, organização finlandesa que analisa imagens do campo de batalha.

Foto: Reprodução

Fonte: R7.COM

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